sábado, 14 de dezembro de 2013

Livros Entre Linhas: Divergente


Nome do Mundo: Divergente
Universo: Divergente
Do Mesmo Planeta:

0.5°: The Tranfer e Free Four.
2°: Insurgente.
3°: Convergente.
Dimensão: 502 páginas.
Criadora: Veronica Roth
Data de Nascimento: 
BRA: 2012. / US: 2011.
Trouxe aos Terráqueos Brasileiros: Rocco.
Onde Obter: Saraiva - Livraria Cultura - Submarino - PDF
Relatório Completo: Skoob.
Sinopse: Numa Chicago futurista, a sociedade se divide em cinco facções – Abnegação, Amizade, Audácia, Franqueza e Erudição – e não pertencer a nenhuma facção é como ser invisível. Beatrice cresceu na Abnegação, mas o teste de aptidão por que passam todos os jovens aos 16 anos, numa grande cerimônia de iniciação que determina a que grupo querem se unir para passar o resto de suas vidas, revela que ela é, na verdade, uma divergente, não respondendo às simulações conforme o previsto. A jovem deve então decidir entre ficar com sua família ou ser quem ela realmente é. E acaba fazendo uma escolha que surpreende a todos, inclusive a ela mesma, e que terá desdobramentos sobre sua vida,     seu coração e até mesmo sobre a sociedade supostamente ideal em que vive.

Eu TINHA que por essa imagem depois do trabalho que foi fazê-la! Notem que pus a Erudição no começo, apenas detalhes.
Já tentei de várias maneiras começar a resenha com uma boa introdução. Como dá para perceber, chance de sucesso ZERO. Então sem enrolação, pois sinceramente, tenho muito o que falar e nenhuma ideia de como vou conseguir, animador, não?


Você, caro leitor assíduo do século XXI, (pois eu sou do XIX, sem mais), que costuma passar longos períodos de tempo imerso na mágica flor-de-lótus de uma livraria com certeza já ouviu falar desse livro, uma dos muitas distopias adolescente do momento. Me julguem, mas admito que eu me sentia um peixe fora d'água com todos amando  DE MORRER essa trilogia e eu sem nem saber do que se tratava. Hoje eu entendo o porquê das pessoas tanto por Divergente no pedestal e ante de tudo, digo que eu gostei bastante do livro, só não morro de paixão por ele igual ao resto do mundo. E mesmo eu adicionando e excluindo livros constantemente da lista dos meus favoritos, Divergente nunca chegou a entrar. Mas não quer dizer que eu não seja fã do tipo que faz piadas internas e que se casaria com um Tobias Eaton se entrasse na minha vida.


"Há décadas nossos antepassados perceberam que a culpa por um mundo em guerra não poderia ser atribuída à ideologia política, à crença religiosa, à raça ou ao nacionalismo. Eles concluíram, no entanto, que a culpa estava na personalidade humana, na inclinação humana para o mal, seja qual for sua forma. Dividiram-se em facções que procuravam erradicar essas qualidades que acreditavam ser responsáveis pela desordem no mundo."

A história é narrada por Beatrice Prior, sim minha xará, uma garota que completou 16 anos (é distopia adolescente, é claro que ela seria uma adolescente), e por isso deve passar pelo teste de iniciação junto com todas as outras pessoas de todas as facções nessa idade. Suas opções são limitadas, cinco para ser exata, e para dar algum preparo para esses jovens é feito uma espécie de teste vocacional, onde toma-se uma substância que o induz para um sonho programado e controlado e você deve passar por alguns teste, cujas escolhas irão definir em qual facção você melhor se enquadra. 

"Os costumes das facções ditam até como devemos nos comportar nos momentos de inatividade e estão acima das preferências individuais."

Basicamente, esse é o padrão desde que "a sociedade foi dividida". Tudo muito bonitinho montado pela autora. Porém, we have a problem: e se o seu resultado der mais de uma opção? Desde que nascem as crianças de todas as facções são treinadas, para acreditar que "O futuro pertence para aqueles que sabem aonde pertencem". Então o que acontece com quem possui um cérebro capaz de pensar de diferentes formas sem seguir apenas um padrão? E é aqui que imagino a voz de Tori, a pessoa que faz os testes, sussurrando para Tris quando seu teste apresenta TRÊS facções diferentes: "The're called Divergents". E o que acontece com os Divegentes? Well, uma mente incapaz de ser controlada é uma grande dor de cabeça para o Governo/opressor, right? E Governos geralmente gostam de eliminar possíveis ameaças.

Espero que vocês percebam qual foi a escolhe de Tris, pois eu sou uma pessoa boa e anti-spoiler  Audácia.

"Os que culpavam a agressividade formaram a Amizade. Os que culpavam a ignorância se tornaram a Erudição. Os que culpavam a duplicidade fundaram a Franqueza. Os que culpavam o egoísmo formaram a Abnegação. E os que culpavam a covardia formaram a Audácia."

Continuemos: depois da escolha, cada uma apresenta um teste de iniciação diferente e nenhum é tão amigável, principalmente com iniciados vindos de outras facções. Tris, por ser da Abnegação (eu já havia mencionado essa fato antes? Opa), a facção característica por usar roupas cinza e se preocupar acima de tudo em ajudar o próximo, onde uma rápida olhada no espelho pode ser considero egoísmo, ganhou o apelido de Careta e isso foi à parte menos cruel. Ela, junto com os outros iniciados, precisam lutar uns contra os outros e eventualmente, encarar seus piores medos, literalmente, em simulações onde induzem seu cérebro a acreditar que aquilo é real, inclusive a dor de possíveis ferimentos e as imagens de seus piores pesadelos, até o dia do grande teste onde os 10 melhores serão selecionados. O restante? Deverá virar um sem-facção.




“Às vezes, as pessoas só querem ser felizes, mesmo que seja de uma maneira irreal.”

Deixe-me dar uma explicação rápida sobre o que seria ser um sem facção: É como ser um mendigo, um morador de rua, a mesma coisa que nada aos olhos de quem o vê, a mesma coisa que lixo para a sociedade. É isso.

Bem, se a base da história foi já empolgante, e os detalhes apenas servem para reafirmar isso. 


"Os seres humanos, de uma maneira geral, não conseguem ser bons por muito tempo antes que o mal penetre novamente entre nós e nos envenene."

Ah, sim, o romance. Creio que o livro não faria metade do sucesso caso não fosse o casalzinho Tobias <3 Tris ou se preferirem Four <3 Six (tudo bem que esse negócio de "Six" não dura mais que um parágrafo, but okay).


"- Você tem medo de mim, Tobias? - Tenho pavor - responde ele, sorrindo. Eu viro a cabeça para frente e beijo a cavidade sob a sua garganta. - Talvez você não continue na minha paisagem do medo - murmuro. Ele inclina a cabeça para baixo e me beija devagar. - Aí, todos poderão chamar você de Seis. - Quatro e Seis - digo."

ANTES DE TUDO, sim a Shailene está comendo seu cabelo e os pelos de Theo.

O que falar dessa dupla? O bolo da cereja? O pokemon na pokebola? Avião COM asa? Pinguço com cachaça? A Annabeth do Percy? O Rony da Mione? EU COM LIVROS? E por ai vai.

Direto ao ponto, o que mais gostei foi à forma nada melosa com que a autora escreveu o jeito que um tratava o outro. Nada de "I fall in love for you in the first view". Diálogos como esse:


"- Pensei que teria problemas com a garota da Franqueza perguntando demais - afirma ele friamente. - Agora tenho uma Careta na minha cola também? - Deve ser porque você é tão acolhedor - digo diretamente. - Sabe? Quase como uma cama de pregos."

COMO NÃO AMAR ESSES DOIS? Tudo bem, pode odiar a Tris como eu, mas até a mais fiel Caçadora de Ártemis, vulgo eu, não conseguiria resistir. O Tobias/Four é um personagem cheio de camadas de mistérios, mas isso não o deixa intangível (no bom sentido, hehe). Ele tem um espírito de "Guardo tudo para mim devido a dor que já passei, mas eu posso compartilhar tudo quando sentir que posso confiar em você, quando sentir que você faria o mesmo por mim". E a vontade de dar mordidas atinge seu nível acima do máximo. Mas em minha humilde opinião, os melhores momentos foram os que Tobias compartilhava seus medos, contava um pouco de seu passado, explicava para Tris que ele não queria apenar ser "destemido" e sim um pouco de cada, um pouco sincero, amigável, abnegado e erudito... Não consigo descrever direito tudo que Four me fez sentir durante a leitura. É preciso descobrir por conta própria.


“Eu nunca havia entendido por que as pessoas andavam de mãos dadas, mas quando ele acaricia a palma da minha mão com a ponta do dedo, eu estremeço e entendo imediatamente.”

Tris, querida Tris, POR QUE DIABOS VOCÊ TEVE DE SER O ÚNICO FATOR QUE ARRUINOU A PERFEIÇÃO DO LIVRO? Para ser breve: Em um extremo existe a Bella Swan, sonsa, monga, apática, em atitude nenhuma, só sabe ficar de mimimi, enfim vocês sabem o drama. E de outra ponta está ninguém menos que Beatrice Prior, aquela que tenta ser forte O TEMPO TODO sem NUNCA se considerar  o suficiente, que não pode chorar em momento algum, que tem que ser dura e fria, QUE NÃO SABE SER HUMANA, ponto. Ambas são irritantes e estragadoras de livros (Tudo bem que Crepúsculo é horrível de qualquer maneira).


"Minhas palavras não fazem sentido. Os soluços dominam meu corpo, minha mente, tudo. Ele me puxa para perto do seu corpo, e a água da banheira encharca as minhas pernas. Seu abraço é apertado. Ouço seu coração e, depois de um tempo, encontro uma maneira de deixar que seu ritmo me acalme."

FINALMENTE, cheguei à escrita. Veronica soube pegar todas as melhores características de distopias adolescentes e tentar usar isso como seu instrumento de escrita. Um mundo destruído? Check. Poucos sobreviventes? Check. Um governo opressor com duras regras? Check. Um romance para adoçar o caos? Check.  "A faísca", antes de a revolução ser proclamada? Check. Mas o que me fez devorar dois livros em QUATRO dias, quebrando qualquer tipo de recorde (que eu desconheço) meu? O ritmo com que tudo acontece. As frases são precisas. Os parágrafos possuem objetivo. Cada elemento, tanto personagem, cenário, descrições, serve para algo específico e todos cumprem logo o seu papel, contribuindo para a história seguir a diante. Quando uma pergunta é respondida, você não tem tempo de digerir, pois logo surge outra com ainda mais peso na história e é como se seus olhos não conseguissem desgrudar do papel/monitor enfim, não importa onde você leia. O QUE IMPORTA É QUE VOCÊ NÃO CONSEGUE PARAR DE LER. Além disso, a linguagem é simples, sendo que seu dicionário mental já basta.


"Meu coração bate tão forte que o peito dói, e não consigo gritar ou respirar, mas ao mesmo tempo sinto tudo, cada veia e cada fibra, cada osso e cada nervo, todos vivos e alertas em meu corpo, como se tivessem recebido uma carga elétrica. Eu sou pura adrenalina."


É impossível não haver comparações com outras distopias, principalmente Jogos Vorazes. E do mesmo jeito que é divertido você se auto denominar tributo e escolher de qual distrito seria, eu achei ainda melhor tentar se decidir de qual facção seria, (I'm Erudite and Candor, I'M A DIVERGENT, xoxo).


"Acredito nos atos simples de bravura, na coragem que leva uma pessoa a se levantar em defesa da outra."

Bem acho que já comentei que eu gostei muito do livro e dos seus elementos (menos Tris, pode matar que deixo), mas não entrou para minha lista de favoritos de todos os tempos ever. Se Chicago foi dividida em 5 facções, minha nota para Divergente seria 4 delas. A Tris matou a 5°, so sorry.


“Às vezes, as pessoas só querem ser felizes, mesmo que seja de uma maneira irreal.”

AH, UM ÚLTIMO DETALHE: Caso você esteja se perguntando "Mas como assim a penas Chicago foi dividia?" Pois é, isso ATÉ EU aguardo em Convergente!


Trailer:

And like I always do, para representar a nota, 3 foguinhos da Audásia/Destemor, pois não, não valeu 5 para mim, me crucifiquem.




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